Como quebrar grandes paradigmas da construção, regulados por novos padrões cada vez mais presentes e engessados nos condomínios?
Essa tipologia residencial “padrão condomínio” tem se tornado comum nas cidades do interior, os códigos de obras internos, cada vez mais restritivos quanto a números de pavimentos, recuos e técnicas construtivas forçam a adoção de recursos cada vez mais similares nos projetos, o que se reflete em uma homogeneidade empobrecedora de linhas e estilos certas vezes.
Para responder a essa questão e demonstrar como é possível quebrar tais paradigmas, trouxemos para o ECOCASA Arquitetura um projeto da Vertentes Arquitetura, trata-se da Casa DBP.
A Casa DBP, que se localiza na cidade de Piracicaba (160 km de São Paulo – Capital), tinha um cenário inicial semelhante: terreno estreito, necessidade de largos recuos, impossibilidade de aproveitar a cobertura como terraço visitável, obrigatoriedade de muros laterais, entre outras regras.
Segundo Adriano Couto, arquiteto responsável pelo projeto, os diálogos inicias do projeto apontaram para uma casa com características pouco autorais, seguindo uma arquitetura mais prática do que extravagante.
“Idealizavam, uma construção confortável, bem iluminada e ventilada, com a distribuição de ambientes mais voltada ao racional e que favorecesse a integração de espaços.”
O maior desafio deste projeto foi desenhar uma casa que respeitasse esses parâmetros iniciais, observando todas as normas do loteamento e sem sucumbir a uma estética espetaculosa ou a soluções construtivas não-ortodoxas.
O conjunto de alvenarias mais significativos foi rotacionado em 45 graus no térreo (áreas de lazer), tomando o devido cuidado de não se extravasar a projeção do pavimento superior e para que este não se desencontrasse da malha estrutural (ortogonal).
“Buscamos atribuir uma maior riqueza espacial aos ambientes de convívio e também uma volumetria atraente à casa. Como diretriz de projeto, rotacionamos eixos de alvenarias do pavimento térreo, ao mesmo tempo em que a malha estrutural da casa e a projeção do pavimento superior mantiveram-se fiéis aos recuos exigidos.”
A grande solução para este projeto foi a busca por um senso de movimento, algo que fosse capaz de se contrapor à rigidez dos recuos obrigatórios e das linhas ortogonais das construções vizinhas, tornando este projeto mais natural e de personalidade singular.
Sustentabilidade – A Beleza que os Olhos Não Podem Ver
Além de todos os diferenciais estéticos e do grande desafio em quebrar tais padrões, uma tecnologia que quase não podemos enxergar, mas que fará a total diferença ao bem estar dos moradores, garantiu que este imóvel se tornasse ainda mais valorizado no mercado graças a tecnologia sustentável.
Trata-se da aplicação de uma cisterna para aproveitamento de água da chuva. O modelo escolhido foi a Cisterna Pronta.
Esta tecnologia permite uma instalação muito mais rápida e eficaz, uma vez que, além do sistema já vir completamente pronto para funcionar (contando inclusive com a automação já pré-instalada), também não precisou de nenhum tipo de obra mais complexa, como a construção de lajes, por exemplo, para seu reaterro, bastando apenas a abertura de uma vala e um descomplicado processo de instalação que consiste em apenas conectar as respectivas entradas e saídas (tubos) e à rede elétrica através de um único ponto de energia.
Desta forma, a casa também estará em boa parte imune aos constantes aumentos tarifários na conta de água.
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